Episiotomia
A episiotomia é um corte cirúrgico efectuado no períneo, de modo a alargar a abertura vaginal, para facilitar a saída do bebé. É feito em 99% dos partos, principalmente se for o primeiro.
Deve ser feito nas seguintes circunstâncias:
- A cabeça do bebé é grande demais para a abertura vaginal.
- O nascimento está prestes a acontecer e o períneo não se distendeu o suficiente;
- A mãe não consegue parar de empurrar;
- O bebé não está de cabeça mas sim de nádegas e o parto está a ser difícil;
- O bebé está em sofrimento;
- É necessário o uso de fórceps
Quando a cabeça do bebé aparece, a mãe deve deixar de empurrar para que o útero a solte de uma forma gradual e não repentina. Contudo, se a cabeça do bebé sair de repente, por a mãe estar a fazer muita força de expulsão, é provável que ocorram rasgões e lacerações à volta da entrada vaginal, que ficará com bordos irregulares, difíceis de coser. Consequentemente, a cura será mais difícil, para além de que o ânus ou o canal da uretra podem ficar danificados.
Nessa altura, faz-se a episiotomia, ou seja, uma incisão vertical para baixo (na direcção do ânus), de aproximadamente 4 cm, com a ajuda de uma tesoura ou bisturi. Geralmente, a anestesia epidural que foi aplicada no início do trabalho de parto é suficiente para fazer o corte. No entanto, se não houve epidural, será necessário um anestésico local no períneo, conhecido por bloco pudendo.
Contudo, é preciso ter alguns cuidados. A episiotomia só deve ser executada no momento em que o períneo se tiver estreitado. Se for mais cedo, pode causar danos nos vasos sanguíneos, no músculo e na pele. No corte também podem ocorrer hematomas e edemas. Se forem dados pontos muito apertados, depois do parto para fechar a incisão, pode haver um grande desconforto na cicatrização que pode mesmo ser dolorosa, prejudicando, por isso, a pratica sexual por um longo período de tempo. Se quiser, tem todo o direito de avisar o médico de que pretende evitar a episiotomia a menos que seja absolutamente necessário.